
Tenho certeza de que dez entre dez brasileiros gostariam de ver o Brasil “diferente”, mais forte economicamente, com menos desigualdade social, com menos corrupção, com serviços básicos (saúde, segurança, educação e lazer) mais eficientes enfim, com uma qualidade de vida melhor para cada um deles. Eu não sou diferente, também anseio cada um desses desejos citados anteriormente. Mas parando pra pensar um pouco melhor sobre isso, cheguei à seguinte indagação: Querer eu quero, mas o que eu estou fazendo para que isso aconteça?.
Dez entre dez brasileiros (ou quase) tem na ponta da língua as seguintes frases: “político é tudo ladrão”, “se eu tivesse dinheiro eu faria isso”, “ah se eu tivesse aquilo”, “ah como eu sofro”, “num to nem aí”, “ o problema não é meu, então que se lasque”, “ e o que eu tenho haver com isso”, “ah se Deus me desse isso” e por aí vai... São poucos os que têm a consciência de que fazem parte de algo maior, de que seus atos e/ou suas omissões podem afetar (mesmo que de maneira não tão explícita ou direta) num âmbito bem além do que a sua “roda” social, sua casa ou seu “mundinho”, que suas ações (negativas ou não) podem ir além das suas fronteiras imaginárias. Para ser mais claro vou dar alguns exemplos bem cotidianos.
· Pessoas que ficam indignadas com os escândalos onde políticos são flagrados com dinheiro na cueca, meia e onde mais possam enfiar, mas que na hora de elegerem um candidato vendem seu voto por qualquer ninharia;
· Pessoas que reclamam do aquecimento global e que colocam a culpa nos EUA, na indústria, no desmatamento, na poluição, enfim, em “Deus e no mundo”, mas que não se importam de jogar lixo na rua, economizar energia, usar a água de forma racional, procurar usar produtos que não agridam o meio ambiente, dar prioridade ao que realmente precisam e não se deixam levar pelo consumismo desenfreado, e o principal, se acham isentos da sua “pequena” contribuição, achar que suas “pequenas” atitudes (ou falta dela) não influenciam em nada;
· Pessoas que acha que tudo deve acontecer por interveção divina, que Deus lhe dará tudo na mão;
· Pessoas que apontam o dedo para julgar alguém que rouba pra comer (ou não) ou pra falar da corrupção em Brasília, mas que não perde a oportunidade de furar uma fila, sair sem pagar o estacionamento e se vangloriar disso: ”eu sou foda!”, comprar aquele DVD pirata, inventar uma “mentirinha” pra faltar no trabalho ou até mesmo aquela “colinha” na hora de uma prova.
.Pessoas que reclamam por não terem oportunidade de aprender alguma coisa, mas que preferem ver a novela das oito do quer ler um livro ou assistir algum programa da TV cultura.
· Pessoas que reclamam da desigualdade social , mas que preferem taxar os menos favorecidos financeiramente (mendigos, favelados e etc) de marginais do que estender a mão para mudar de alguma forma a condição de vida deles.

Esses foram alguns exemplos para ilustrar que reclamamos e reclamos mais um pouco, mas que de uma forma ou de outra nos somos os culpados (por ações ou omissões) por essa zona. Tenho a plena consciência de que poderia (e posso) fazer bem mais do que já faço para tornar meu país de certa forma melhor. E você também pode! Nunca é tarde pra começar (ou recomeçar). Só é preciso uma mudança de atitude! Uma mudança de consciência! Basta acreditar que assim como o *beija-flor da historia do incêndio na floresta, se fizermos a nossa parte (por mínima que seja) poderemos sim mudar pra melhor nosso tão querido Brasil! Encerro esse breve texto com algumas sugestões de como podemos dar nossos primeiros passos rumo a uma tão sonhada mudança.
“Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente A gente muda o mundo na mudança da menteE quando a mente muda a gente anda pra frente”
Obrigado pela atenção! =D
Comentem se gostaram do texto!
*O beija-flor e o incêndio: http://bacaninha.uol.com.br/home/secoes/contos/2002/05/o_beija_flor_e_o_incendio/o_beija_flor_e_o_incendio.html













